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"Eu e meus limites"


publicado por Vivi Tassi em

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Olá meninas...
Bom, é verdade que atualmente não tenho exercido minha profissão de psicóloga, mas é inevitável analisar fatos da vida sob essa óptica. Parece que o cérebro fica treinado!!kkk.
Não sou do tipo que analisa tudo e todos, mas tem coisas que as explicações só podem estar nas teorias da psicologia, psiquiatria, ou porque, ao encaixar em alguma teoria fica mais fácil aceitar alguns atos do ser humano! Um tema que sempre me agradou estudar, foi a relação entre família e desenvolvimento infantil, talvez esse interesse tenha surgido pelo trabalho que exercia, pois meu público era a família e também por acreditar na importância dessa relação para o desenvolvimento da criança. Não me considero uma especialista no tema, mas uma curiosa que aprendeu algumas coisas! 
Está cada vez mais evidente a cada notícia envolvendo adolescentes, crianças e até adultos, o quanto é importante ter uma base familiar para conviver em sociedade. Quando eu digo BASE FAMILAR, estou querendo dizer que o meio em que a criança vive é extremante importante para sua vida, pois é nos primeiros anos de vida, que se aprende os limites, os valores, a cultura, o certo e errado, etc. Poderia escrever horas sobre isso, mas hoje quero focar na importância de impor limites desde bebê! 
Alguns autores possuem livros com valiosas dicas sobre o assunto, sendo  mais "popular" o psiquiatra Içami Tiba, mas tantos outros também orientam os pais em tarefas diárias para impor limites.
Quando falamos nesse tema, necessariamente precisamos falar em regras, pois são estas um instrumento valioso de aprendizagem. Dessa forma, as atividades como dormir, o banho, a alimentação, precisam seguir um horário e não apenas para organização da vida da mãe. Quando a criança já possue capacidade de compreensão, ao brincar devemos ensiná-lo a guardar os brinquedos, assim como escolher com o que quer brincar, e não pegar a prateleira toda. Solicitar tarefas aos pequenos também deve ser seguido ao seu tempo, ou seja, determine hora para ser concluída, como arrumar a cama, fazer a lição de casa e até mesmo brincar.





Um outro cuidado muito importante e o mais incomodo são as nossas reações referentes à birras! Realmente deve ser muito chato ouvir uma criança pedindo incasavelmente ou um choro após uma resposta negativa para seu desejo, por isso, antes de negar alguma coisa pense bem, pois depois de pronunciada a palavra, NÃO DEVE VOLTE ATRÁS! O NÃO deve ser inegocíavel, por isso muita cautela ao negar alguma coisa! Se voltar atrás repetidas vezes, ele aprenderá que suas decisões podem ser negociáveis!
Nos primeiros dias de vida, o choro do bebê deve ser acompanhado de uma certa angústa da mãe, porém, já nessa etapa é importante não retirar a criança imediatamente do berço. Inicie a aproximação com conversa, com carinho, cuidado para que aos poucos e com o seu desenvolvimento ele compreenderá que será atendido. Esse comportamento já irá ajudar a criança a tolerar a famosa FRUSTRAÇÃO!
Os papéis devem ser muito bem definidos, ou seja, quem é a mãe, quem é o pai e quem é o filho. Essa delimitação é para que a criança compreenda que existe uma autoridade, um responsável, mas que isso não seja confundido com autoritarismo! Olhe nos olhos da criança quando precisar explicar suas atitudes e use como recurso o castigo! Esse castigo não é trancá-lo em um quarto ou colocá-lo sentado achando que irá refletir sobre seus atos, mas "tire" um brinquedo preferido, um desenho, por um período suficiente para sentir falta e não para acostumar a ficar sem. Uma orientação importante é explicar o porque do castigo e depois o porque da retirada do mesmo e nunca ameaçar com coisas que não poderá cumprir, por exemplo, dizer que nunca mais sairá de casa!!! MENTIRA NÉ!!! kkkk.


 


Parece simples falar, simples fazer, mas eu, como uma futura mãe, confesso ter muito medo em não dar conta dessa simplicidade! Não estamos falando de um brinquedo que deverá ser programado, mas de uma criança que precisamos ensinar a conviver em sociedade e que para isso, a frustração fará parte deste aprendizado!! Penso ser a tarefa mais difícil, porém mais gratificante! 
  
Não quero culpar a família pelas escolhas dos filhos, pelos caminhos tortuosos que eles escolherem, mas quero aqui RESSALTAR, a responsabilidade da família em impor limites, na maioria das vezes através de regras tão simples, que por sua simplicidade acabam passando despercebida!
É sobre a difícil arte de EDUCAR  que estamos falando!!! Nisso eu parabenizo minha mãe e todas aquelas que conseguem cumprir seu papel com amor, dedicação e até mesmo com erros!!
Beijos
Milene

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