Por semanas, o assunto DROGAS está em evidencia na mídia, primeiro por conta da votação no congresso referente a legalização da marcha da maconha e, nesta semana, pelos números divulgados referentes ao crescimento de usuários de drogas.
Discursar com nossos jovens sobre o assunto, orientando, mostrando as conseqüências através de campanhas e palestras tem sido o foco de muitas ONGs, escolas e instituições. Dentro de cada casa o tema também é abordado (ou pelo menos deveria ser) como medida preventiva. Há todo um movimento social em torno disso.
O número de dependentes tem aumentado drasticamente, o que faz muitas famílias vivenciarem esse dilema. Outras tem sentido de forma indireta esse aumento, pois a droga não mobiliza apenas a família do dependente e sim toda a sociedade, já que está intimamente relacionado com o aumento da violência, seja atra’ves de assaltos, homícidos e/ou latrocínios.
O que me causa grande temor é ver como o tema é abordado pelas políticas públicas. Trata-se o problema como caso de polícia! Sim, muitas vezes é sim caso de polícia, pois como disse acima gera violência, mas é a ponta final. Antes deveria ser tratado como problema do setor da educação e da saúde. (Não quero de forma alguma isentar as famílias desse processo, mas sim chamar a atenção porque essas mesmas famílias precisam de apoio, orientação e tratamento).
O que percebo é a falta de tratamento correto no campo da saúde, iniciativas de prevenção estendidos para a família como apoio social e psicológico para todos os envolvidos. Se o dependente receber o tratamento e voltar para o mesmo ambiente do qual saiu, as chances de reincidências serão muito maiores.
Existem instituições sociais especializadas em tratamento, como o CAPS – álcool e droga; mas o número de recursos humanos especializados ainda é muito menor comparado ao tamanho do problema.
E é nesse ponto que fica a minha indignação: de que adianta visitar a Cracolândia, dentro de um ônibus, observando o problema se nada é feito posteriormente? Até quando vamos ver famílias despedaçadas, pessoas se tornando “animais” por conta do uso de drogas e governantes discursando com palavras bonitas e nada fazendo?
É preciso usar o dinheiro dos nossos impostos na saúde, especializando e aumentando os recursos humanos, melhorando condições de trabalhos, envolvendo toda a sociedade nessa luta e incentivando os já envolvidos!
Mexam-se queridos governantes!!! Ainda não perceberam que o câncer da sociedade é a droga????
Ufaaa desabafei!!!
fotos: Google
"Milene Mocheuti é psicóloga,
colaboradora do Das Mariazinhas,
fala sobre comportamento."
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Comentário]
Milene,
Ai está um tema q tem que ser levado muito mais a sério do que vemos hoje em dia. Uma outra sugestão que dou de tema tb é como os pais devem policiar a internet de maneira correta e não punitiva. Hoje mesmo estava vendo vídeos no YouTube de meninas de 8 a 11 anos no máximo falando de "comprinhas" e da "marca X" ou "do batom Y". Não sei se sou careta demais ou se tudo está evoluido muito rápido, mas o que é certo é que as nossas crianças precisam ter infância e vejo que muitas estão pulando esta fase tão maravilhosa! Na nossa época (quem nasceu nos anos 70/80) com 11 anos brincávamos de boneca ainda ! rsrsrs! É realmente assustador!
Abraços e parabéns Vivi pelo espaço dado à Milene!
Eu acho esse tema tão complexo, se por um lado a legalização faz com que se ganhem menos com isso por outro tem as famílias.
Passamos por isso recentemente em minha família. Por mais estruturado que ela seja nesses momentos não sabemos como agir, ou melhor reagir, porque de tudo se tenta até a pessoa decidir por vontade própria.
Não adiantou terapia, palestras, internações, carinho, conversas nada. Um belo dia meu irmão arranjou uma namorada 20 anos mais velha que ele, e parou com tudo da noite pro dia.
Hoje não esta mais com a moça mais tem sede de realização e de recuperar o tempo perdido. Agradeço a Deus porque estava vendo a hora de perdê-lo e Ele mudou essa história.
Boa Semana pra ti.
Beijinhus Congelados!
Nai